8 de janeiro de 2010

O dia foi marcado pelas lágrimas.
O som da dor incalculável de uma mãe.
A expressão de uma namorada desamparada.
A própria natureza parecia queixar-se à nossa volta,
pondo-nos à prova com um frio difícil de aguentar.
Aproximei-me da namorada e perguntei-lhe que flores eram
as que trazia na mão... Respondeu-me:
- Esta deram-me. E esta deu-me ele, no dia dos namorados.
Disse-me que ia durar para sempre. É artificial...!
Desabei. Olhar para esta menina, que tinha os seus planos delineados
à volta dum homem, que já não existe entre nós,
e ter que mudar tudo, obrigatoriamente!
Queria naquele momento, ser capaz de pegar na dor dela
e dividi-la por todos os presentes.
Queria aliviá-la daquela carga. De alguma maneira. Mas não posso.
Terá de sofrer para superar. E ao superar ficará mais forte.
É sempre assim. O que não nos mata, torna-nos sempre mais fortes!!!
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