28 de fevereiro de 2012

por falar em saudades...

...quando iniciei a minha última relação, nunca pensei que ela me iria tornar numa menina tão mais forte, individualmente, do que já era...não achei que houvessem mais ferramentas para nos tornar ainda mais fortes!
visto que essa relação me afastou drasticamente de toda a gente com quem me dava, incluindo amigos chegados e família. amigos nem vê-los, com a família eram encontros muito rápidos e despachados...
sofri muito com isso, por razões inexplicáveis...quem não está na situação, jamais poderá entender o porquê de não me levantar e ir, só...
é muito doloroso sentir saudades de alguém, e li no outro dia em qualquer lugar, alguma coisa do género: saudades e sentir falta é muito diferente, porque quando se sente saudades sabemos que mais cedo ou mais tarde iremos ver a pessoa, e sentir falta é mais na onda de sabermos que não podemos estar com essa pessoa.
então, para meu espanto desenvolvi um escudo, onde hoje em dia, limito-me a não ter saudades de ninguém, porque me parece quase um sentimento desnecessário. passo a explicar-me:
qual o objectivo de sentir-me triste, de rastos, a chorar pelos cantos da casa, quando sei que o tempo vai passar e poderei ver a pessoa novamente? poupo-me a esse sofrimento...aprendi a poupar-me com o tempo! e o tempo, ao longo da vida, tem realmente, vindo a provar-me que ele supera muita coisa, sozinho, sem ser preciso fazer muita força.
ao invés de sentir saudades quando as pessoas estão longe, aproveito-as ao máximo que posso quando estou com elas, saboreio cada minuto que estamos juntas...para que depois que elas vão embora não ficar aquele sentimento vazio de que deveria ter prestado mais atenção. isso já não acontece. agora quando estou numa situação, estou mesmo lá, não me dou a distracções desnecessárias que nada tem a ver com a pessoa que me acompanha. fiz isso durante muitos meses e percebi que perdi muitos momentos que já não voltam.
isto para dizer que é muito raro hoje em dia eu sentir saudades de alguém, pode ser um alguém próximo, tão próximo quanto os meus bebés que estiveram longe esta semana. mas sinceramente, não tive saudades...senti muita falta, porque queria estar com eles e fisicamente não era possível, mas também pelo facto de que são pessoas presentes na minha vida diária, são uma parte de mim...
mas limitei-me a esperar...e hoje já é dia!!! e eles daqui nada estão de volta, e o que aconteceu, foi que tive uma semana esplêndida comigo mesma, onde tive oportunidade para não me ocupar de outros, e pensar um bocadinho mais em mim, e no que está por aqui por dentro. às vezes também é bom!
portanto, com toda a certeza, ficarão desiludidos comigo ao perguntar-me se tenho saudades terríveis. ahah porque dado à minha accurate sincerity irei responder que não e ficar com cara de parva, a pensar: ups, talvez esta não seja a resposta mais fofinha =P
e sabiam que a palavra SAUDADE, assim com esta carga dramática e de dor, só existe em português?! sabiam a dificuldade que tive em explicar a uma espanhola o significado deste sentimento??? pois, acreditem...não foi lá muito fácil!
então, pensei...olha se o resto do mundo não chora as pedras da calçada a cantar o fado da saudade, porquê que eu não hei-de fazer o mesmo?! =)
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1 comentário:

  1. :)

    you may not miss me, but I miss you. ;) hope you'd like to make "convivio" anytime soon.

    best regards... a friend of yours

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