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Deus - "Tenho dois medos na vida: de ficar doente, muito doente e não me poder mover, e de me sentir sozinha. São estes os meus medos. (...) O que me deixa indignada...há coisas, assim, que me deixam indignada, o ser humano havia de se ver ao espelho e perceber a beleza que pode fazer, e, num momento de crise, aparece esta gente que atira o próprio filho pela janela como vi na televisão e, assim, eu fico catatónica, indignada. De bom, eu acho que há o amor, fazer as coisas bem fazendo o bem, encontrar pessoas, e as melhores coisas da vida são de graça, né? (...) Nascer perfeito não existe, né? Mas ele é realista, sonhador, eu diria que ele é assim...uma agulha num palheiro. E eu também, né? E, geralmente, as agulhas no palheiro encontram-se. (...) Única não, mas acho que sou diferente. (...) Tenho esta tendência para me apegar e não posso, tenho de ter concentração na vida, meu deus, mas depois eu olho-o e penso que ele é muito jeitoso, meu deus, é bonito e maravilhoso e depois olho para outros casais e digo: é parecido, mas o meu ainda é melhor e depois vou-me encontrar com ele e fico toda preocupada, assim, né, tenho medo dos homens. Tenho, tenho medo dos homens porque eu não me domino às vezes, né? (...) Viver é difícil, acho que para toda a gente. Não é fácil. É bom termos um mote, haver alguma coisa em que se possa confiar. Quem não dá valor a nada não ama nada, né? (...) Já estou a proibir-me de ver porque o orkut é uma coisa muito séria. Ali fica-se a saber quem entrou, quem saiu, entramos no orkut dos outros, sabemos se alguém nos dá bola, e depois eu vou lá e descubro um monte de coisas da pessoa e vou saber quem está a publicar recadinhos para a outra pessoa e faz-me ciúmes porque quando eu namorava eu ficava a ver o orkut dele. (...) Agora parei com isso. Eu sei que o outro é o outro e que eu não o consigo controlar. Só se engana quem quer. Eu tenho domínio sobre mim própria. O outro tem a sua liberdade, o direito de ir e vir. Eu tenho de ter um pé na realidade. Há um ataque de nervos, ansiedade, nenhuma roupa que se põe fica bem, de que cor, que sapatos, põe a irmã no meio, e já me liga, namorar um tipo que fica o dia inteiro connosco é de descontrolar, meu, vamo-nos pegar, vamo-nos apegar, vou ficar a ver se ele olha para o lado, para a minha amiga, ele é um homem, percebe?! (...) Os homens, porque um homem é uma coisa boa demais. Eu perco a calma, eu amuo, fico a pensar, a pensar, e depois digo alguma coisa. Eles gostam porque adoram ver uma mulher ficar transtornada. Se ficares calminha eles não percebem. Eu consigo ser má. Há uns tipos que só funcionam no chicote, só ouvem quando os atiramos pela escada abaixo. Eu dou-lhes uns estalos senão eles começam a achar que são o máximo, com o ego super lá em cima, pensando que podem fazer tudo, parecem uns pombos a andar, tipo aquele peito rufado de penas, achando-se o máximo, sem limites, uns tontos. O meu maior defeito é esta carência que me move e me faz apegar a eles. E eu fico a desmoronar-me assim, pelos lados, deixo as coisas irem acontecendo e depois é que encaro o caos, fico confusa e, quando me dá esta confusão eu penso assim, puxa, como é que tudo chegou a isto, como é que eu consegui deixar isto chegar a este ponto, assim, as coisas, a situação, nós, sabe ??!! Meu deus, mas que absurdo!"
Stop all the clocks, cut off the telephone,
Angústia - "Esta angústia não pode ser paixão. Não é amor, é uma doença, doença. Um mal de não querer ver os amigos de só querer ficar ao pé dele, de não comer. No início era lindo. Eu lembro-me. Tenho a certeza. Não havia discussões. Havia respeito, muitas gargalhadas, afecto, noites mal dormidas, até não mais."Personagem - "Não tenciono responder. Não mesmo. Além do mais, porque sei que daqui a bocadinho ele vai mandar outro recado pedindo desculpa pela agressão, vai dizer que está decepcionado comigo e depois vai declarar-se um ser humano normal que viu outra pessoa em mim, não gostou, e ficou muito zangado! (...) Os homens que escolhi eram todos narcisistas, vaidosos, imaturos, mais novos do que eu, inseguros e lindos, todos eles. Todos me usaram, todos abusaram de mim, todos se acomodaram e me mentiram e traíram. Eu a humilhar-me, esperando um telefonema, prato pronto na mão, café na cama, com pena de mim própria na minha tolerância elástica. Minto. Tive um namorado perfeito, um tipo espectacular que me entendia, que me dava liberdade, que era tudo de bom e que eu aguentei por um ano e meio, nem um minuto a mais. Melga, grande melga, um relacionamento sem adrenalina, chato, pegajoso, boa onda, boa conversa, nenhuma discussão, sempre disponível, vade retro. Obriguei-me a ele como se não tivesse em mim a perversidade. (...) É muito louco, mas só agora consigo identificar a patologia como se não fosse comigo, como uma entidade desprendida de mim mesma. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito quilos perdidos, e depois não choro mais. Às vezes dá-me preguiça, mas tenho uma árdua jornada a encarar pela frente. Tenho de mudar tudo em mim. Tudo, tudo. Há alturas nas quais... Porra meu, que seca, mas preciso descobrir do que é que EU gosto. Eu preciso de descobrir o que EU quero fazer, a minha profissão, eu preciso de me inventar. Atenção, inventar, não reinventar, pois considero que nunca existi até agora. Eu fui os outros, eu fui os homens que tive, os pais que me criaram, as amizades que logrei com os meus agrados, com as minhas personagens de conveniência, eu fui ninguém. Massa amorfa e moldável, fui tão somente o que eles queriam que eu fosse ou, pelo menos, aquilo que eu achava que eles queriam que eu fosse. Adaptei-me. Agora sou um feto, um girino, um ser em formação. Ando a viver um dia de cada vez, sem fazer planos. Ando a levar uma vida normal e até me relaciono com pessoas normais, dessas que muitos acham feias. (...) Vou-me transformar numa nova mulher! Olhe bem para mim, porque esta sou eu, repaginada!"
Expectativa - "É bem verdade que tenho um comportamento muito parecido, talvez igual, quando me encanto por alguém, por isso a situação não é nova. Sofrer, quero dizer. (...) Ora, quem sabe dos meus defeitos sou eu. Impaciente e ansiosa, tropecei muito na vida. Eu crio expectativas em relação às coisas, às pessoas, e, quando o que eu esperava não vem como deveria, lido com a frustração. (...) Para mim, o amor é entendimento, é independente do sexo, há conversa, amizade, sintonia, e eu tive tudo isso no meu casamento, mas era demasiado imatura para lidar com tanta responsabilidade. (...) Do que eu gosto mesmo é dos começos. O tempo estraga o resto e, às vezes, o resto começa muito, muito cedo. Está aqui a memória que não nos deixa mentir. (...) O meu orgulho é maior do que qualquer outro sentimento, neste instante, e preciso de dar o primeiro passo e de parar com esta mania de não conseguir ficar sozinha. O meu consolo é que ninguém é totalmente feliz! Há sempre uma situação dolorosa que se está a viver, mas que, depois de ter sido vivida, passa e só fica a lembrança, porque a dor em si vai-se embora."
Desespero - "Sou doente como uma alcoólica, como que precisa de se tratar e expurgar todos os dias as suas mágoas, temores, neuroses e expectativas, para não recair naquela droga que alivia, macia e confortável como veludo, e depois mata. (...) Eu sou aquela que se doa a cada vez que escolhe o amor. (...) Sonhos detonados: casa própria, casamento, rendição e confiança, a mulher em mim, a felicidade, tudo detonado. A minha armadilha fechando-se sobre mim mesma. E eu que só queria um grande amor. (...) Queria tanto ter ouvido: eu vou cuidar de ti e vais ficar o resto da vida comigo. Era isso que eu queria ouvir. Sou menos corajosa do que sou. Auto-destrutiva, possuo em mim uma força que me inferioriza, que me derruba. Coloco-me sempre um pouco abaixo de alguém. Sempre. É a minha postura. Procuro controlar-me. A forma sofrida de amar está a transformar-se em dúvidas existenciais. Não sei explicar o que ainda não tem explicação. Tudo o que sonho ou penso e não faço passou a uma discussão filosófica, distanciou-se do material e entrou lenta e sinuosamente nos desvãos do meu cérebro. Milhares de milhões de neurónios activos. Se amar não é entregar tudo, o que é? Analiso-me. Neste segundo. Mais. A vida pode ser leve e saudável fora destes meus muros. Preencho algumas falhas. Descubro outras. Ainda não encontrei a razão que justifica esta sensação de que me falta alguma coisa. Desde menina. Mas alguma coisa falta em mim e não sei o que é."
Reconstrução - "Apaixono-me por gente que não tem nada a ver e tenho medo da intimidade. E é muita loucura, porque eu aceito as migalhas. Se olhou para mim, e chegou aqui ao pé, acho que devo premiá-lo pela sua ousadia, e penso que gostou de mim e que me quer namorar. (...) Eu, parvinha, a acreditar na ilusão de que comigo ia ser diferente. Pois sim! (...) Digamos que estou em reconstrução. Quanto a ser feliz, acontece quando consigo fazer algo por mim. Ficar em casa num fim-de-semana, pintar as minhas unhas, sair-me bem numa prova, estar de bem comigo mesma, isto é ser feliz. (...) A minha verdadeira passagem para o mundo novo, a minha reconstrução definitiva, vai dar-se quando eu perdoar esse mesmo passado, quando eu conseguir deslizar pelas minhas memórias, caminhar comigo mesma e não me recriminar, nem me envergonhar. Eu quero o destino de um anjo! Ou de um ninja!" :)
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Férias, férias, férias! Estou de férias! aaahhh sabe mesmo bem... No meu primeiro dia de férias fugi a 7 pés o vilarejo, rumo à capital...huummm como eu adoro cidades grandes :) foram 4 dias de dança e mais dança... aulas, ensaios, espectáculos... BOM BOM BOM!
pois é...a vida muda meu amor! tens que ver que o natal já não é o que era, mas não é por causa do exterior... Tu própria cresceste, e vês as coisas de outra maneira, já não és uma menina pequenina, em que o que mais interessa são os presentes. Pelo contrário! Neste momento, o que mais te importa é o AMOR, o calor dos entes queridos, e talvez por isso, sintas que já não é tão bom como era. Mas é SIM! É lindo, gostoso, quentinho. Porque apesar de ser diferente, ainda lá estamos Nós! E tamos de saúde e força...! Gosto tanto de ti! O Natal daqui a uns anos, será MUITO "pior". E, temos que lá estar uns para os outros. É aproveitar o que a vida nos dá, devagarinho, saboreando cada momento...sem pressas! Quando formos velhas, só vamos estar nós e as gerações seguintes ahah imagina! Triste, na verdade! Mas as recordações dos natais em que havia tanta gente, com toda a certeza nos vai fazer sorrir, com a lágrima ao canto do olho, porque sabemos que enquanto fomos crianças, tivemos o melhor...do melhor!
I choose my friends not by their skin or other archetype, but by the pupil.
Turn down the light, turn up the radio.
E...tenho tantas coisas para dizer, e coisas do dia-a-dia que quero contar e comentar! Mas depois, passa o momento, na hora formulo todo o texto para vocês, mas depois não o escrevo em lado nenhum...e passa! E não há tempo para cá vir na hora certa...e passa tudo.
" Wait for the person who pursues you, the one who will make an ordinary moment seem magical, the kind of person who brings out the best in you and makes you want to be a better person. Wait for the person who will be your best friend, the only person who will drop everything to be with you at any time no matter what the circumstances, for the person who makes you smile like no one else and when they smile you know they need you...