"Há sonhos duramente reprimidos, e sonhos bravamente liberados,
sonhos sérios, formais, comedidos, e sonhos excessivamente ousados.
Sonhos requintados e elegantes, e sonhos de um mau gosto refinado,
sonhos muito extravagantes, e sonhos super bem-comportados.
Para todas as preferências, tendências e fantasias,
há sonhos prácticos e realistas, ou distantes utopias,
sonhos malucos e geniais, sadiamente loucos, insanamente normais,
sonhos libidinosos, mundanos, sonhos divinos e angelicais.
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Mas sejam nobres e sublimes, ou vulgares e banais,
são apenas sonhos humanos, de todos nós mortais.
Há sonhos para se sonhar sozinho, e sonhos para se sonhar a dois,
sonhos que muitos já sonharam, e que muitos sonharão depois,
sonhos para se sonhar em vida, e sonhos para depois de defunto,
sonhos para se sonhar em segredo, e para contar a todo o mundo.
Sonhos arrojados e inovadores, sonhos antigos e tradicionais,
sonhos que viraram história, e sonhos que ninguém se lembra mais,
sonhos sonhados com medo, e com muita garra e coragem,
sonhos que parecem pesadelos, e sonhos que são uma viagem.
Sonhos que nos deixam preocupados, e sonhos que nos enchem de esperança,
sonhos para quando a gente crescer, e sonhos de voltar a ser criança.
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Quantos ficarão só no "talvez"...?
Quantos virarão realidade?
Quantos deixarão de ser apenas desejo, para se transformar em vontade?
Quantos sonhos serão bem mais do que febre passageira?
Que nos motivem a lutar a vida inteira,
e a prosseguir sempre, de qualquer maneira,
ralando, errando, perdendo ou ganhando,
acertando em cheio ou fazendo belíssimas asneiras?
Porque sonho que é sonho, não passa:
- Faz a gente fazer no peito e na raça,
de pura pirraça, nem que seja
a última coisa que a gente faça!"
Geraldo de Sousa
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