20 de outubro de 2011







Há dias assim
Que nos deixam sós
A alma vazia
A mágoa na voz

Gastámos as mãos
Tanto as apertámos
Já não há palavras
Foi de tanto as calarmos

Há uma canção
Que não te cantei
Versos por rimar
Poemas que nunca inventei

Quem nos pôs assim?
A vida rasgada
Quem te me levou?
Roubou-me a alma
Mas de ti não sabe nada

Há dias assim
Não há que esconder
Recear palavras
Amar ou sofrer

Ocultar sentidos
Fingir que não há
Há dias perdidos
Entre cá e lá

Há uma canção
Que não te cantei
Versos por rimar
Poemas que nunca inventei

Quem nos pôs assim?
A vida rasgada
Quem te me levou?
Roubou-me a alma
Mas de ti não sabe nada

Sei que um dia saberás
Que a vida é uma só
Não volta atrás

Quem nos pôs assim?
A vida rasgada
Quem te me levou
Roubou-me a alma
Mas de ti não sabe nada


Filipa Azevedo


*
*
*

Sem comentários:

Enviar um comentário