" Há dias estava a ler um livro que já recomendámos e li uma história que tem tudo a ver com a HAPPY, tem a ver com esta edição e com aquilo que nos move como revista. " Gillian tinha apenas oito anos, mas o seu futuro já estava em perigo. O seu rendimento escolar era péssimo, pelo menos de acordo com os professores. Entregava os trabalhos fora de prazo, tinha uma caligrafia horrível e obtinha resutados fracos nos exames. Como se não bastasse incomodava a turma inteira: agitava-se ruidosamente, depois punha-se a olhar fixamente para a janela e, no minuto seguinte, fazia algo que perturbava as outras crianças. (...) Na escola, achavam que Gillian poderia sofrer de algum distúrbio ao nível da aprendizagem e que talvez fosse melhor frequentar uma escola para crianças com necessidades especiais. Isto passou-se na década de 30 (...) "
Os pais de Gillian ficaram preocupados e levaram-na a uma consulta com um psiquiatra. Após 20 minutos de conversa com a mãe o psiquiatra disse: " Gillian, preciso de falar com a tua mãe em privado. Vamos sair da sala durante alguns minutos. Não te preocupes, não vamos demorar. "
Antes de sair do gabinete, o psiquiatra ligou o rádio. Depois, do lado de fora e através de uma janela que dava para a sala, ficaram a observá-la sem que ela os visse. " Quase de imediato, Gillian levantou-se, movendo-se pela sala ao ritmo da música. Os dois adultos observaram-na durante alguns minutos, petrificados pela graciosidade da menina.
Qualquer pessoa teria reparado que havia algo de natural nos movimentos de Gillian. Tal como teria detectado a expressão de prazer no seu rosto. Então, o psiquiatra virou-se para a mãe e Gillian: " Sra. Lynne, a sua filha não está doente. É uma bailarina. Inscreva-a numa escola de dança. " Perguntei a Gillian o que se passou depois. Ela disse-me que a mãe fez exactamente o que o psiquiatra lhe sugeriu. " Nem consigo descrever o quão maravilhoso foi ", contou-me. " Vi-me numa sala repleta de pessoas iguais a mim. De pessoas que não conseguiam estar quietas. De pessoas que precisavam de se mexer para pensar. " "
A pequena Gillian tornou-se conhecida sob o nome de Gillian Lynne, pertenceu à Companhia Real de Ballet, tornou-se solista, actuou nos quatro cantos do mundo, quando essa fase da carreira terminou formou a sua própria companhia musical e produziu uma série de famosos espectáculos em Londres e Nova Iorque. Conheceu Andrew Lloyd Webber e criou, com ele, alguns dos musicais mais célebres da história, entre os quais Cats e O Fantasma da Ópera. Esta história tirada do livro " O Elemento ", de Ken Robinson, mostra que vivemos rodeados de preconceitos e que nos tentam encaixar em grupos de seres sem individualidade. Mas devemos sempre lutar por aquilo que nos apaixona. E procurar o nosso talento. Todos temos algum.
E se devemos incentivar a descoberta desse dom especial e desse prazer que nos motiva nos nossos filhos, também não devemos deixar que os outros nos façam acreditar que o nosso " momento " já passou. Há sempre tempo para encontrarmos o nosso caminho. Ser HAPPY é isso, procurar o nosso espaço e lutar pelo nosso destino.
Aproveite o artigo dos ateliers de férias deste mês para colocar o seu filho perante diversas experiências. Leia os artigos do coaching e da meditação para encontrar o seu caminho. E seja HAPPY. Não se deixe intimidar. "
VASCO GALVÃO-TELES
Director-Geral
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A meu ver, se toda a gente do mundo fizesse aquilo que sabe fazer melhor...ou...aquilo que mais gosta de fazer... Com toda certeza, teríamos os melhores profissionais e o melhor serviço de sempre. Infelizmente, nem todos têem essa pica para passar todas as barreiras até alcançar O Sonho! Como diria o outro: " Calha assim! " E, pronto... Ces't la Vie =)
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